Não me recordava de como comecei a ler. Ao perguntar para minha mãe,
veio à lembrança alguns momentos. Aqui em casa tinha uma enciclopédia
chamada “Ler e Saber”. Continha além do texto, muitas ilustrações e isso
recordo bem, porque me chamavam muito a atenção.
Sempre tivemos livros
em casa, minha mãe tem o curso Normal, que formava Professores das
séries iniciais até a admissão ao ginásio. Meu pai era funcionário de
uma grande metalúrgica e no natal, ele vinha com presentes da empresa
para os filhos. Entre os presentes sempre haviam livros. Recordo do
“Simbá, o Marujo” e ”Alice no País das Maravilhas”. Minha irmã mais
velha e meu irmão mais novo, sempre tinham que ler obras solicitadas na
escola e eu sempre lia os livros deles. Entre eles "O Caso da
Borboleta Atíria”, ”Éramos Seis”, “Meu Pé de Laranja Lima”, coleção do Cachorrinho Samba... Quando eu estava no ginásio, mais precisamente na
sexta série, a professora pediu para ler “O Gênio do Crime”. Fiquei
encantada com o suspense do contrabando na história... Daí pra frente
houveram outros encantos, como “A Metamorfose”, Kafka, ” O Guarani”,
entre outros. A família é muito importante nessa fase evolutiva. Eu tive
apoio da minha família, que foram base forte na construção do meu
conhecimento.
Muitos adultos que não têm contato com a leitura e escrita
pensam ser tarde para fazê-lo. Prova do contrário é a poetisa Clair
Feliz Regina, que cedeu uma entrevista encantadora a Gilberto Dimenstein
de como descobriu a poesia. Sua vida foi voltada a textos completamente
diferentes, muito específicos e imparciais, devido ao trabalho
jurídico. Perto de se aposentar que o adormecido resolveu acordar. Ela
deu uma chacoalhada no seu interior, que o despertou por completo. É
isso que acredito que aconteceu com todos nós, despertamos o que estava
adormecido, e tentamos fazer o mesmo com nossos alunos.
Lilian Conceição Guimarães
O blog está ótimo! Alimentaram-o além do que foi solicitado, Parabéns a todos do grupo!
ResponderExcluirAgradecida, Maristela.
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