"A literatura é um processo de transformações alquímicas. O
escritor transforma – ou, se preferirem uma palavra em desuso, usada
pelos teólogos antigos, “o escritor transubstancia” – sua carne e seu
sangue em palavras e diz a seus leitores: “Leiam! Comam! Bebam! Isso é a
minha carne (...) Eu mesmo sou o que sou pelos escritores que
devorei... E se escrevo é na esperança de ser devorado pelos meus
leitores." (Fonte: ALVES, Rubem. A beleza dos pássaros. In: ______. Na morada das palavras. 3. ed. Campinas: Papirus, (N/D). p. 66).
Essa
analogia que o escritor Rubem Alves fez é perfeita, pois sou uma
devoradora de livros. Nossa!!! Como gostaria de ter o dom de criar esse
universo de antropofagia literária, mas me satisfaço sendo a devoradora
dele. Adoro mergulhar nos contos, romances e nas poesias de Fernando
Pessoa.
O meu amor pela Literatura nasceu na faculdade no meu curso
de Letras e os meus professores de Literatura me apresentaram esse mundo
onde a ficção e realidade se encontram.
Ler é poder viajar por caminhos
desconhecidos, viver novos sentimentos, se reconhecer ou se ver em uma
personagem, ou seja, nos livros podemos viver e sonhar. O meu fascínio
pela leitura floresceu quando li O Sofrimento do Jovem Werther de
Goethe.
Lembro-me que chorei, na sala de aula, ao ler o último
capítulo do livro. Não esqueço, minha professora de Literatura foi até
minha carteira e perguntou por que eu estava chorando e contei-lhe o
motivo. Meus colegas riram, mas realmente, eu entrei na história e sofri
com o jovem Werther. A partir desse romance percebi o quão maravilhoso
é podermos nos refugiar do mundo real para o imaginário.
Eliane da Silva Pereira
Leitura, ensino, aprendizagem, conhecimento, troca dá-se em qualquer momento e em qualquer espaço. Falando-se em escola: sentados nas cadeiras, sentados no chão, debaixo das árvores, nos pufes da sala de leitura, nos bancos do refeitório, deixando os alunos à vontade para suas descobertas, pois a leitura é a magia do descobrir!!!
ResponderExcluirUm abraço, Elaine - grupo 6